Hoje eu decidi comprar roupa, porque não faço isso há muito tempo e minhas calças de trabalho estão começando a querer serem substituídas. Decidi ir a um brechó, para não sofrer muito com o choque de reentrada (o Leo diz que minha concepção de valores está congelada na época da faculdade, época em que se comprava uma bota com cinquenta reais. Tudo que custa mais de cinquenta reais eu acho "muito caro").
Para minha alegria de pessoa desmotorizada, descobri que o Peça Rara, o brechó de Brasília com que já fiz muitos negócios no passado, abriu uma filial na Asa Norte, a 2 quilômetros e meio planos e na sombra da minha casa. E lá me fui.
O Peça Rara é bem bonito e organizado, mais bacana que muita loja a que já fui. Eles separam as peças por cor e por tipo, mas mesmo assim era tanta roupa que eu fiquei meio desorientada.
Logo percebi que só me interessei por modelos e cores parecidos com os que já tenho. O que me deixou muito contente: tenho um estilo! Sei do que eu gosto! Fiquei olhando uma arara de calças das padronagens mais bizarras (Onça! Zebra! Folhagens tropicais!) e pensando: quem é que usa isso? Pois é, quem usa isso é quem acredita no dito "tem de variar" (eu já acreditei, então não culpo ninguém).
A única peça que me interessou foi uma sapatilha de verniz imitando cobra, tão nova que a sola estava praticamente perfeita. Infelizmente o tamanho disponível era 34 e eu uso 35. De fato, brechó tem essa limitação.
A única peça que me interessou foi uma sapatilha de verniz imitando cobra, tão nova que a sola estava praticamente perfeita. Infelizmente o tamanho disponível era 34 e eu uso 35. De fato, brechó tem essa limitação.
Sai de lá com as mãos abanando, mas contente com a ideia de ter um estilo. Posso ignorar totalmente a moda (o que já faço mesmo) e usar só o que eu gosto. Ganha-ganha!