quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Planos de Ano Novo

Minha mãe perguntou o que eu ia fazer na virada do ano. Respondi que ia passar com o Leo, em casa, comendo e bebendo delícias, fazendo o balanço de 2016 e planejando 2017. Ao que ela respondeu, com a franqueza costumeira: "Mas isso é um jeito muito ruim de passar o Ano Novo".

Eu ri, claro, e disse que discordava. Minha mãe gosta de festas, mas eu sou diferente. Sim, fomos convidados para eventos. Não, não aceitamos os convites. Não é toda celebração que nos atrai. Muita gente, música alta, barulheira? Preferimos ficar juntos na nossa casinha, fazendo um jantarzinho romântico e altos planos para o futuro.

Gosto é gosto.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Como uma águia

Não sei se já falei aqui, mas eu enxergo como uma águia. Fiz cirurgia para miopia há mais de 15 anos e, desde então, vejo tudo perfeitamente. Uma beleza.

Quer dizer, via. Há uns dias achei que a visão da águia estava meio embaçada. Fui ao olftamologista e recebi a notícia: a miopia está querendo voltar. Timidamente - 0,5 em um olho, 0,75 em outro -, mas está.

Pensei em comprar uns óculos hipster (pronunciado em francês: ips-tér, gente), mas me lembrei de como eu esquecia/quebrava/me sentava sobre os meus naquele passado distante em que eu os usava. Perguntei ao médico se, assim como a miopia tinha surgido (possivelmente por excesso de leitura - ha), ela também podia sumir. Ele respondeu que não existiam estudos a respeito, mas que em tese era possível acontecer.

Então é isso: passarei uns tempos sem óculos para ver se meus olhos se comportam e voltam ao normal. Eu ainda enxergo bem, portanto não me tornarei nenhum perigo para a humanidade. Mas preferia enxergar como uma águia.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A sumida

Sim, eu sumi. Andei chateada, reclamenta e ansiosa, com aquele sentimento que a vida está parada. Fiz minhas listinhas de gratidão, tentei meditar, comi mais chocolate e dormi mais, mas todas essas providências não tiveram um efeito duradouro (embora tenham sido boas enquanto duraram, nhão).

Meu pai fez 70 anos e viajei com ele e minha mãe para comemorar. Foi ótimo, fora as saudades que senti do Leo, e o fato de que terminou.

Então estamos aí, de volta, resmungando como sempre, mas lembrando que escrever no blog me dá grande alegria e que, meses depois, ler o que andei caraminholando naquela época também. E tentando viver o momento presente sem revirar os olhos e de um lugar de não-julgamento e aceitação.

Acabo de revirar os olhos. Me julguem.