Nos últimos dias, ando me divertindo muitíssimo com os blogs americanos de FIRE (financial independence/early retirement). Meu plano A é trabalhar mais 20 e alguns anos, a maioria deles no exterior, mas não vivo sem um plano B, e na receita do FIRE tem vida simples + economia, o que já adoto mesmo.
Mas é aquela coisa: quem quer se aposentar mais cedo aperta o cinto com vontade para conseguir juntar mais grana logo. Se eu ainda for ralar mais duas décadas, não é necessário ser tão contida. Não quer dizer que eu vá sair gastando loucamente, mas que poderei aproveitar oportunidades de passeios e viagens com tranquilidade.
Provavelmente ficarei no meio do caminho, continuando a consumir pouco, investindo em experiências e guardando dinheiro para a aposentadoria na idade normal.
Até porque, quando você se torna financeiramente independente, você pode parar de trabalhar e se dedicar a outras coisas. E eu não tenho a menor ideia ao que eu iria me dedicar.
Meu exato problema... :(
ResponderExcluir(e pra quem não sabe onde ir, não tem vento a favor)
Mas um problema bom de ter, né?
ExcluirBeijos!
Não é exatamente o mesmo caso, mas também sobre aposentadoria...
ResponderExcluirEstou em uma situação em que não sei muito bem o que escolher...
Estou em um emprego que já não tem nada a ver comigo (sou militar). As atividades, as pessoas, em sua maioria são muito diferentes de tudo que eu acredito, e me sinto um peixe fora dágua. Mas a aposentadoria é ótima, e bem cedo (em uns 15 anos eu já me aposentaria).
Penso se vale a pena sair e ir pra um emprego que tenha mais a ver comigo, onde eu me sinta fazendo algo que realmente tenha algo a ver comigo, mas que eu só possa me aposentar daqui a mais de 30 anos...
Se permanecer no emprego que estou, vou ficar mais 15 anos fazendo algo e convivendo com várias pessoas que nao gosto,as vou aposentar antes dos 50 e ter o resto da vida pra me dedicar a algo que eu ame (que eu ainda nem sei o que seria). Se mudar de emprego, posso me ocupar com coisas e talvez pessoas que tenham mais a ver comigo, mas aí a aposentadoria vai ser sabe-se lá quando...
Anne, é um dilema mesmo. E não tem como prever o futuro: você pode mudar de carreira, amar e trabalhar alegremente esses anos a mais, ou se decepcionar e concluir que devia ter ficado quietinha como militar.
ExcluirPor outro lado, 15 anos é muito ano. Você vai passar os próximos 15 anos em um trabalho que não te agrada?
Fico pensando que o ideal é um meio termo. Dá pra pedir redução de carga horária, por exemplo? Mudar para um setor mais interessante? Pedir licença não remunerada por uns tempos? E enquanto isso ir desenvolvendo capacitação em uma carreira paralela e começar a atuar na área que tem mais a ver com você, até pra ver se você curte mesmo!
Eu adoro atitudes radicais, mas na prática sou contra queimar pontes.
Beijos e boa sorte! Vai contando aqui pra gente o que você decidiu!
Brigada!!
ExcluirNa verdade, estou atualmente em licença não remunerada. Mas porque meu marido veio trabalhar no exterior, e daí vim acompanhá-lo. Achei que esse tempo (1 ano) longe iria ser suficiente pra eu chegar a uma decisão, mas na verdade não... hahaha
Quando voltar da licença (daqui a pouco) vou ser transferida pra outra cidade. Vamos ver se nesse novo quartel que eu vou trabalhar as coisas sejam melhores... É um quartel que planeja e acompanha execuções de obras, totalmente na minha área (sou engenheira).
Sobre redução de carga horária, eu adoraria trabalhar meio expediente (e valeria muito a pena a redução salarial). Mas, infelizmente, no exército não existe essa opção, pelo menos por enquanto...
Acho que estou na mesma vibe que a Anne, com a diferença que se mdme aposentar com meu salário, vou morrer de fome. Sou concursada, mas morro de medo de sair e não dar certo e morrer de fome ANTES da aposentadoria. Não sou qualificada pra nada, apesar de estar tentando, mas tá tudo muito difícil hoje, no Brasil. Não sei o que fazer, por isso vou empurrando tudo com a barriga.
ResponderExcluirA., entendo sua questão. Também sou funcionária pública e a migração para o setor privado costuma ser complicada, porque as capacitações são muito diferentes! Acho que a solução pra gente é - surpresa - fazer outro(s) concurso(s). Estudar é desgastante, demorado, caro, mas é o jeito.
ExcluirBeijos e tudo de bom! Depois conta o que você resolveu também!
Fiz 40 anos faz uma semana e apesar de nunca ter sido muito consumista com coisas, gastei muito a vida toda com experiências ( viagens, jantares, bons vinhos, bares, shows, etc...) e hj to numa sinuca de bico pois nunca poupei nadica e não tenho aposentadoria nenhuma. Então esse conceito do FIRE ( poupar MUITO e investir tudo) pra mim seria mais p garantir a minha sobrevivência daqui a 20 anos...rsrs. Tanto q esse ano entrei num surto poupador e em poucos meses já juntei uns 8 mil ( o q mostra como meus gastos supérfluos são altos). A sorte é q tenho um bom apt quitado, formação acadêmica, experiência e uma boa saúde, mas a real é q to meio apavorada com o futuro e arrependida de ser tão imbecil e não ter poupado nada esses anos todos, ainda mais q minha renda sempre foi variada e não trabalho com CLt (por escolha) há pelo menos uns 14 anos.
ResponderExcluirOi, Fer! O importante é que você se deu conta que tem de pensar no futuro, né? Melhor agora do que daqui a uma dúzia de anos! E se você tem um apê quitado, você tem um patrimônio. Não é como se tivesse começando do zero.
ExcluirEu acho um barato (literamente!) o esquema de vida (mais) simples porque não só você consegue economizar mais como também diminui o tanto de dinheiro que vai precisar para viver mensalmente quando se aposentar. E pode ser divertido se você encara como um desafio. É muito diferente abrir mão de certas coisas agora, da maneira que você achar melhor, do que lá no futuro, forçada, porque a grana não dá mesmo.
Eu vivo com menos do que bastante gente que eu conheço e me sinto rica, enquanto algumas dessas pessoas se sentem pobrezinhas, porque não podem gastar tanto quanto já gastaram no passado.
Boa sorte e bora lá!